O ERRO DO OUTRO
Não se importe com a hipocrisia, os fingimentos, as
farsas, a arrogância e os erros de outras pessoas.
Sempre vejo algumas pessoas reclamando dos erros de
outros em grupos espirituais, centros, templos, em suas famílias, na escola,,
na empresa, etc.
Reclamam que as pessoas falam uma coisa e fazem
outra; que as pessoas são dissimuladas e não dizem o que pensam; que nos
sorriem de manhã e puxam nosso tapete à tarde; que falam mal dos outros pelas
costas; que criam intrigas e confusões por coisas pequenas.
Mas ninguém deve ficar se preocupando com o que o
outro faz ou deixa de fazer de errado.
Em nossa passagem
pela Terra, a única coisa que realmente importa é o que nós mesmos fazemos.
Que pode nos importar o que o outro faz de bom ou
mau? Se uma pessoa faz o mal, ela sofrerá as consequências do mal que esteja
praticando. Isso fará parte do patrimônio espiritual dessa pessoa, será a sua
colheita mais cedo ou mais tarde.
Por isso,
ninguém deve ficar nervoso, revoltado, incomodado ou querendo “dizer umas
verdades” ao outro. Se fizermos isso, o erro passa a ser nosso também e não
apenas do outro. Faculte a cada pessoa o direito que ela tem de errar e
aprender sozinha com seus erros. “Aos outros dou o direito de ser como são; a
mim dou o dever de ser cada dia melhor”.
Quando tentamos apontar os erros de alguém e o
outro não quer ouvir, ele poderá se voltar contra nós, além da possibilidade de
se criar conflitos e confusões desnecessárias.
Vamos
permitir que o outro seja o que ele quer ser; que ele possa seguir o caminho
que escolheu; que ele possa viver as experiências que determinou para si, mesmo
que isso seja errado, seja hipocrisia e mesmo que isso nos afete de alguma
forma. O choque de retorno ocorrerá na hora certa e fará essa pessoa aprender
com os erros do passado.
Portanto, deixe o outro errar o quanto quiser e não
se irrite com as faltas alheias. O que tem valor nessa vida é o que fazemos
diante da humanidade e diante de Deus.
Deus conhece
nossa vida, nossos atos e conhece profundamente nosso irmão em erro. Se o outro
quer insistir em suas incorreções e enganos, quem somos nós para corrigi-lo?
Isso é um problema dele, é a escolha que sua alma fez e que o conduzirá a um
caminho tortuoso, que ele viverá ou talvez já viva essa tortura em sua
consciência. Além disso, sempre há a possibilidade de olharmos mais para os
erros dos outros a fim de não enxergar os nossos próprios erros.
Dessa forma, não permita que as faltas do outro
afetem seu trabalho na grande jornada humana. “No fim das contas, tudo é entre
você e Deus e não entre você e os outros”.
Cumpra as tarefas que lhe cabem sem olhar para o
lado, pois no final das contas, o que interessa é o que nós plantamos… E nada
nos acrescenta ficar observando a colheita do outro.
Vladimir Moraes – Apometria do Amor