O poder da mente – aprendendo técnicas de PNL
O que é a PNL?
Não podemos chamar a Programação
Neurolinguística de ciência, pois ela tem recebido
algumas críticas nesse sentido. No entanto, ela pode ser considerada um
“modelo”, ou seja, um conjunto de técnicas e teorias focadas em compreender condutas e
orientar o ser humano em direção ao autoconhecimento e ao alcance de
seus objetivos.
Mas antes
vamos analisar sua sigla cuidadosamente:
Primeiro, temos a palavra “programação”,
que se refere a intenção de reprogramar comportamentos, crenças e processos
psicológicos. O conceito “neuro” nos dá a ideia de que todo comportamento tem
sua base numa série de processos neurológicos. E, por último,“linguística”,
responde ao conceito de que todos estes processos neurológicos são expressados
por meio de uma linguagem verbal e corporal determinada.
Ou seja,
essa tríade dimensional tem como objetivo inicial compreender nossos processos
internos para, em seguida, reprogramar o modo como nos comunicamos e nos
expressamos, com a finalidade de mudar crenças e nos fazer sentir segurança
para alcançar o êxito pessoal. Um grande desafio, não é mesmo? Mas então
vamos tratar de conhecer, brevemente, mais alguns de seus aspectos.
Quais princípios tem a PNL?
1. A comunicação
A PNL nos diz que o modo como nos
comunicamos e as palavras que utilizamos delimitam nossa realidade e a forma
como entendemos o mundo. Temos uma
perspectiva pessoal que, às vezes, não coincide com a de nossos
interlocutores. Além disso, nós temos dois tipos de comunicação: a interna
(o que pensamos e sentimos internamente), e a externa (a qual, além das
palavras que expressamos em voz alta, se unem gestos, posturas e
comportamentos).
2. Modo de processar a informação
Nós nos diferenciamos em nosso modo de
“captar” a informação. Algumas pessoas se guiam mais pelo meio visual, alguns
pela via auditiva, outros pelas sensações… Pare um momento e pense nesta ideia: Como você se lembra das
coisas, através de palavras ou de imagens?
3. A ancoragem
Uma forma de alcançar objetivos ou
superar determinados problemas estaria baseada neste conceito utilizado pela
psicologia comportamental. Imaginemos uma situação que nos causa muita angústia
e ansiedade como, por exemplo, falar em público. Uma forma de
confrontar esta realidade seria “ancorar” um momento agradável, relaxante e
positivo de nossa memória, e associá-lo por meio de técnicas de visualização e
respiração, diante da “situação estressante”. Uma volta
pela praia quando éramos crianças, um entardecer ao lado do nosso grande amor,
uma música relaxante… tudo isso deve nos ajudar a “enfraquecer esse medo” e a
reprogramar novas realidades, nas quais reine a harmonia.
4. O tempo
O tempo tem uma importância determinada
para cada pessoa, mas deve ser controlado de maneira apropriada: nossas lembranças e
emoções se aglutinam no passado. O passado é como um baú do qual, às vezes,
podemos tirar coisas boas para reorientar o “agora”. É no presente
que prevalecem as experiências sensoriais, nas quais ocorrem os
acontecimentos verdadeiramente importantes. É nele que devemos investir
todos os nossos esforços para termos um bom futuro. O futuro não existe ainda, é aí então que devemos bloquear nossos
desejos para, assim, impulsionar nosso presente, o nosso agora.
5. Ecologia de sistemas
Nós temos um sistema de crenças e valores
determinados que foram construídos ao longo de nossas vidas; são essas forças
que guiam nossos eixos neurológicos. “Nós somos o que nós acreditamos ser” e as crenças são as concepções do nosso mundo, que
promovem a ação e o comportamento. Às vezes, estas crenças estão tão
arraigadas em nosso ser que nem sequer percebemos se elas têm ou não
benefícios para a nossa vida; podemos estar nos ferindo sem nem saber… É aí que
a PNL se aprofunda em nossa ecologia de sistemas, para tomar consciência e
reorganizar estas estruturas de um modo mais benéfico e saudável.
Tudo isso acontece, então, em grandes
pinceladas. São os pilares básicos sobre os quais se sustenta o foco da mente
humana, a Programação Neurolinguística. Ela lida, sobretudo, com o modo como
interpretamos nossa realidade e organizamos a informação: os sentidos, a linguagem, o tempo, as palavras, as memórias, as
crenças… São essas as folhas que compõem a árvore da
vida. Basta variar ou mudar o foco de alguma dessas partes para encaminhar
nossa vida a determinadas metas.