quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A NOSSA SALVAÇÃO



O que é a salvação?

1. A salvação é uma promessa, feita por Deus, de que por fim encontrarás teu caminho até Ele. Ela não pode senão ser cumprida. Ela garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamentos que nasceram no tempo também findarão. A Palavra de Deus é dada a cada mente que pensa ter pensamentos separados e substituirá esses pensamentos de conflito pelo Pensamento de paz.

2. O Pensamento de paz foi dado ao Filho de Deus no instante em que sua mente pensou em guerra. Antes não havia necessidade de tal Pensamento porque a paz era dada sem opositores e simplesmente existia. Mas, quando a mente se divide, surge uma necessidade de cura. Por esta razão o Pensamento que tem o poder de curar a divisão se tornou uma parte de cada fragmento da mente que ainda era uma só, mas que deixou de reconhecer sua unidade. Naquele momento ela não se conhecia e pensava que sua própria Identidade estava perdida.

3. Salvação é desfazer no sentido de que, deixando de apoiar o mundo, ela não faz nada. Deste modo, ela abandona as ilusões. Por não apoiá-las, ela deixa simplesmente que elas se reduzam a pó suavemente. E, agora, revela-se o que elas escondiam; um altar ao santo Nome de Deus, sobre o qual está escrita a Palavra d'Ele, com as dádivas do teu perdão depositadas diante dele e a lembrança de Deus logo atrás.

4. Vamos entrar neste lugar diariamente para passarmos algum tempo juntos. Aqui compartilhamos nosso último sonho. É um sonho no qual não há tristeza, pois ele contém um indício de toda a glória que Deus nos dá. A relva irrompe do solo agora, as árvores começam a brotar e os pássaros vêm viver em seus galhos. A terra renasce com nova perspectiva. A noite acaba e chegamos juntos à luz.

5. Daqui oferecemos a salvação ao mundo, pois é aqui que a salvação foi recebida. A canção de nosso júbilo é o aviso para todo o mundo de que a liberdade voltou, de que o tempo está quase no fim e de que o Filho de Deus só tem de esperar mais um instante até que seu Pai seja lembrado, os sonhos acabem e a eternidade brilhe afastando o mundo para que absolutamente só o Céu exista.
LIÇÃO 236   Eu controlo minha mente, que só eu tenho de controlar.

1. Possuo um reino que tenho de governar. Às vezes não parece absolutamente que sou seu rei. Ele parece triunfar sobre mim e me dizer o que fazer e o que sentir. E, não obstante, ele me foi dado para servir a qualquer propósito que eu perceba nele. Minha mente só pode servir. Hoje, ofereço os préstimos dela para que o Espírito Santo os utilize como achar melhor. Deste modo, controlo minha mente, que só eu tenho de controlar. E, assim, eu a liberto para fazer a Vontade de Deus.

2. Pai, hoje minha mente está aberta para Teus Pensamentos e fechada para qualquer pensamento que não os Teus. Eu controlo minha mente e a ofereço a Ti. Aceita minha dádiva, pois ela é Tua para mim.*

COMENTÁRIO:           Explorando a LIÇÃO 236
Desculpem-me, mais uma vez e outra vez mais, os que já se cansaram de me ouvir falar [escrever] a respeito de uma das primeiras coisas que aprendi em meus contatos iniciais com o Curso. Mas devido à importância do tema, e para que nos apercebamos de forma muito clara, que cabe apenas a nós - a cada um de nós - a escolha do mundo em que queremos viver, vou repetir, com algumas pequenas modificações, o que já disse em anos passados a título de comentário para a lição que vamos praticar hoje. Pensando também, é claro, nos que estão acessando este espaço pela primeira vez. O título da postagem também teve pequena mudança.

Quero dizer de novo que uma das primeiras coisas que aprendi, se não a primeira, foi a ideia que as práticas de hoje nos orientam a exercitar. A ideia que, em certa medida, talvez seja uma, entre outras, das mais importantes que podemos aprender, pois de seu aprendizado dependem e resultam todos, ou quase todos, os outros aprendizados. Dela depende até mesmo o aprendizado do que é a salvação.

A ideia para as práticas de hoje traz em si o aprendizado de que tudo o que aparentemente existe é fruto de meu pensamento, e me ensina e assegura que meus pensamentos são só meus e que só eu os posso e devo controlar. A lição primeira, de onde extraí este conhecimento, foi, é e continua sendo a mais importante, pois ela revela que todas as transformações por que passa o corpo que me serve de veículo de comunicação são resultado de alterações químicas provocadas na biologia pelas mudanças nas emoções, causadas por meus pensamentos e pelas mudanças em meu estado de consciência.

Hoje, é claro para mim, como deveria ser para todos nós, que estas alterações nas emoções só podem ser - e, de fato, são - provocadas, desencadeadas, por meus pensamentos. Ou seja, toda a gama de emoções que experimento pode ser modificada, se eu decidir mudar meu modo de pensar, em qualquer momento ou em qualquer situação que se apresente a minha experiência.

Assim, por exemplo, quando sou tomado de uma raiva incontrolável por alguém, por acreditar que este alguém tenha feito alguma coisa que me prejudicou, envergonhou ou humilhou, tudo o que faço na verdade é entregar o controle de minha mente, de meus pensamentos, àquela emoção. Isto é, à raiva e, por consequência, entregar o controle de minha vida, naquele momento, à pessoa a quem responsabilizei por minha raiva aparentemente incontrolável, mas, na verdade, controlável, desde que eu o queira.

E isto funciona para tudo, para todas as situações, para todas as emoções e para quaisquer experiências que se apresentem em minha vida. Sou eu quem as cria. Só eu. E se não tenho consciência disto e não aceito a responsabilidade total pelo mundo que vejo e faço, ainda não aprendi, como a lição de hoje ensina, que sou eu quem controla minha mente e que só eu tenho de controlá-la, porque só eu a posso, e devo, controlar. Ninguém mais.

Podemos até aproveitar para rever o que nos diz o jagunço Riobaldo, em Grande Sertão: Veredas, a este respeito, se vocês me permitem relembrar. Diz ele a certa altura em seu aparente diálogo com alguém a quem ele conta a história de sua vida na jagunçagem: 


"Do que de uma feita, por me valer, eu entendi o casco de uma coisa. Que quando eu estava assim, cada de-manhã, com raiva de uma pessoa, bastava eu mudar querendo pensar em outra, para passar a ter raiva dessa outra, também, igualzinho, soflagrante. E todas as pessoas, seguidas, que meu pensamento ia pegando, eu ia sentindo ódio delas, uma por uma, do mesmo jeito, ainda que fossem muito mais minhas amigas e eu em outras horas delas nunca tivesse tido quizília nem queixa. Mas o sarro do pensamento alterava as lembranças, e eu ficava achando que, o que um dia tivessem falado, seria por me ofender, e punha significado de culpa em todas as conversas e ações. O senhor me crê? E foi então que eu acertei com a verdade fiel: que aquela raiva estava em mim, produzida, era minha sem outro dono, como coisa solta e cega. As pessoas não tinham culpa de naquela hora eu estar passeando pensar nelas. (...) Mas, na ocasião, me lembrei dum conselho que Zé Bebelo... um dia tinha me dado. Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é."

quarta-feira, 23 de agosto de 2017



O que é a salvação?

1. A salvação é uma promessa, feita por Deus, de que por fim encontrarás teu caminho até Ele. Ela não pode senão ser cumprida. Ela garante que o tempo terá um fim e que todos os pensamentos que nasceram no tempo também findarão. A Palavra de Deus é dada a cada mente que pensa ter pensamentos separados e substituirá esses pensamentos de conflito pelo Pensamento de paz.

2. O Pensamento de paz foi dado ao Filho de Deus no instante em que sua mente pensou em guerra. Antes não havia necessidade de tal Pensamento porque a paz era dada sem opositores e simplesmente existia. Mas, quando a mente se divide, surge uma necessidade de cura. Por esta razão o Pensamento que tem o poder de curar a divisão se tornou uma parte de cada fragmento da mente que ainda era uma só, mas que deixou de reconhecer sua unidade. Naquele momento ela não se conhecia e pensava que sua própria Identidade estava perdida.

3. Salvação é desfazer no sentido de que, deixando de apoiar o mundo, ela não faz nada. Deste modo, ela abandona as ilusões. Por não apoiá-las, ela deixa simplesmente que elas se reduzam a pó suavemente. E, agora, revela-se o que elas escondiam; um altar ao santo Nome de Deus, sobre o qual está escrita a Palavra d'Ele, com as dádivas do teu perdão depositadas diante dele e a lembrança de Deus logo atrás.

4. Vamos entrar neste lugar diariamente para passar algum tempo juntos. Aqui compartilhamos nosso último sonho. É um sonho no qual não há tristeza, pois ele contém um indício de toda a glória que Deus nos dá. A relva irrompe do solo agora, as árvores começam a brotar e os pássaros vêm viver em seus galhos. A terra renasce com nova perspectiva. A noite acaba e chegamos juntos à luz.

5. Daqui oferecemos a salvação ao mundo, pois é aqui que a salvação foi recebida. A canção de nosso júbilo é o aviso para todo o mundo de que a liberdade voltou, de que o tempo está quase no fim e de que o Filho de Deus só tem de esperar mais um instante até que seu Pai seja lembrado, os sonhos acabem e a eternidade brilhe afastando o mundo para que absolutamente só o Céu exista.
LIÇÃO 235
Deus, em Sua misericórdia, quer que eu seja salvo.

1. Eu só preciso olhar para todas as coisas que parecem me ferir e assegurar a mim mesmo com perfeita certeza: "Deus quer que eu seja salvo disto", para vê-las desaparecerem simplesmente. Eu só preciso ter em mente que a Vontade de meu Pai para mim é só a felicidade para descobrir que só a felicidade veio a mim. E eu só preciso lembrar que o Amor de Deus envolve Seu Filho e conserva sua inocência perfeita para sempre, para ter certeza de que estou salvo e seguro para sempre nos Braços d'Ele. Eu sou o Filho que Ele ama. E estou salvo porque Deus, em Sua misericórdia, quer assim.

2. Pai, Tua Santidade é minha. Teu Amor me criou e tornou minha inocência parte de Ti para sempre. Não tenho nenhuma culpa nem pecado em mim, porque não há nenhum em Ti.

COMENTÁRIO:Explorando a LIÇÃO 235
Hoje vamos praticar uma vez mais uma ideia que pode nos libertar de uma vez por todas de quaisquer problemas e dificuldades que estejamos encontrando, já no momento mesmo em que o problema, ou a dificuldade, se apresenta. A ideia que praticamos hoje, se transformada em crença, vai resolver o único problema que precisamos seja resolvido: vai substituir a crença na separação que, conforme o Curso ensina, é a única questão que nos faz ver todos os conflitos que aparentemente percebemos a partir dos sentidos.
Ora, se acreditarmos de fato que Deus quer que sejamos salvos, vamos entender que já estamos salvos, pois a Vontade de Deus e a nossa são a mesma e única vontade que existe para cada um de nós. E, claro, para todos nós também. Uma vez que encontrar Deus significa encontrar a paz que dura para sempre, vou me valer novamente de parte de um texto de Wayne Dyer, de um livro que li há já algum tempo, para nos ajudar a refletir acerca das formas pelas quais podemos transformar o mundo que vivemos em um lugar pacífico. Isto é, um mundo em que já estamos salvos, pela misericórdia de Deus.
Dyer, em seu livro, valendo-se da Oração de São Francisco para nos ensinar a sermos pacíficos, diz o seguinte:
Exercita o hábito de ter pensamentos de paz. Lembra-te de que tu te tornas aquilo em que pensas o dia inteiro. Com que frequência entopes tua mente com pensamentos que não são de paz? Quantas vezes por dia declaras em voz alta que o mundo é um lugar terrível? Que nós nos tornamos extremamente violentos? Que não nos importamos uns com os outros? Que somos extremamente racistas? Que o governo não dá a mínima para nós?
Todos esses pensamentos, bem como a expressão deles, indicam que estás preso em uma mente da qual a paz está ausente e, portanto, que estás em um mundo não-pacífico. Todas as vezes que deploras os horrores do mundo, assistes às reportagens da mídia a respeito de tudo o que é nocivo, ou lês os jornais e revistas que exploram os fatos desagradáveis da vida das outras pessoas, estás dando seguimento ao condicionamento que te impede de te tornares um instrumento da paz de Deus.
Lembra-te, de que não podes dar o que não tens e de que, se não estás em paz contigo mesmo, não podes oferecer a paz. E, se não outorgares a paz, nunca te tornarás um instrumento de paz. Decide-te a perdoar a ti mesmo por todos teus fracassos e fraquezas e a abandonar tua culpa autodestrutiva por erros que pensas ter cometido no passado. Conscientiza-te de que houve valor em tua jornada pela noite escura da alma. Faze as pazes contigo mesmo.
Com isso vais compreender a misericórdia de Deus e, com certeza, te sentirás salvo.